Os ministros de Relações Exteriores da União Europeia (UE) exigiram nesta segunda-feira (14) que o Irã coopere com a comunidade internacional sobre seu programa nuclear, e decidiram deixar para um próximo encontro a discussão sobre novas sanções contra o regime.
Os países europeus expressaram em um documento suas "crescentes preocupações" sobre o desenvolvimento atômico iraniano, em referência ao último relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que acusa o Irã de ter desenvolvido tecnologia necessária para fabricar armas nucleares.
"A União condena a contínua expansão do programa de enriquecimento iraniano", diz a nota, que ressalta a inquietação com os dados da AIEA sobre o desenvolvimento de tecnologia militar nuclear.
"Urgimos ao Irã que responda à preocupação da comunidade internacional sobre a natureza de seu programa nuclear através de uma total cooperação com a AIEA e demonstrando disposição a estabelecer discussões concretas para construir confiança", assinalam os ministros em um texto de conclusões.
No entanto, os países preferiram deixar a imposição de novas sanções para o futuro. "O Conselho continuará examinando possíveis novas medidas e voltará a este assunto em seu próximo encontro, levando em conta as ações do Irã", afirmaram.
Na chegada ao encontro, vários ministros de Relações Exteriores europeus se pronunciaram a favor de aumentar a pressão sobre o Irã de forma urgente. O ministro francês, Alain Juppé, defendeu que é o momento de tomar uma posição firme, e o alemão, Guido Westerwelle, disse que novas sanções são "inevitáveis" se o Irã não cooperar.
O ministro britânico, William Hague, defendeu que a comunidade internacional considere um "aumento da pressão pacífica legítima" sobre o Irã e que, ao mesmo tempo, continue aberta a negociar com as autoridades do país sobre seu programa nuclear.
Além disso, Hague não descartou a opção de uma intervenção militar e ressaltou que "todas as opções" devem estar sobre a mesa.
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