Os líderes da União Europeia (UE) fracassaram ontem ao tentar aprovar um plano para acolher 40 mil requerentes de asilo da Itália e da Grécia. A decisão sobre a forma de compartilhar esses imigrantes ficaria para depois, de acordo com o esboço discutido ontem. Os países do bloco participariam de forma voluntária.
O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, criticou outros líderes da UE, dizendo que eles não merecem se considerar europeus. Líderes da UE estão divididos em relação à crescente crise de imigração no Mediterrâneo e têm deixado que Itália e Grécia lidem com os milhares de imigrantes que fogem da guerra e da pobreza na África e no Oriente Médio.
“Se vocês não concordam com o número de 40 mil, vocês não merecem se chamar de europeus”, disse Renzi durante a cúpula da UE em Bruxelas. “Se esta for sua ideia de Europa, você pode ficar com ela. Ou há solidariedade ou não desperdicem nosso tempo”.
A principal divergência é em relação à busca de garantias para que a adesão dos países seja voluntária, e não obrigatória, como a Comissão Europeia havia inicialmente sugerido.