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Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE) iniciaram nesta sexta-feira (15) a segunda e última jornada de sua cúpula, que terá como tema central as relações com a Rússia e a discussão sobre a conveniência ou não de armar a oposição síria.

Após um primeiro dia dedicado a repassar a situação econômica europeia e especialmente o problema do desemprego, os líderes da UE se ocuparão nesta sexta-feira de assuntos de política externa.

O conflito sírio, que não figura na agenda oficial, será a princípio o assunto central. Na quinta-feira (14), a França e o Reino Unido afirmaram que têm intenção de pedir nesta sexta-feira ao restante dos membros da UE o fim do embargo de armas para a oposição síria.

Na opinião do presidente da França, François Hollande, é preciso se "considerar que a solução política fracassou por enquanto".

O chefe do Eliseu afirmou que é necessário responder aos pedidos da coalizão rebelde, que reivindicou armas e munição por várias vezes, e desta forma tentar interromper a guerra e o massacre de civis.

A intenção de britânicos e franceses é tentar convencer os parceiros até o final de maio, quando vence o regime de sanções imposto pela UE à Síria, embora os dois países tenham se mostrados dispostos a avançar sozinhos na questão.

Alemanha, Áustria e vários dos países nórdicos figuram entre os mais reticentes a fornecer armas aos rebeldes.

Além da Síria, a Rússia será o outro país que ocupará nesta sexta-feira a atenção dos líderes europeus. O Conselho fará um debate geral sobre as relações com Moscou, considerado um "sócio estratégico" por sua importância na geopolítica e nos assuntos de segurança. Além disso, o país tem um grande potencial comercial e papel de destaque como fornecedor energético da Europa.

No primeiro dia de cúpula, os líderes europeus ratificaram seu compromisso com a austeridade e as reformas como receita de saneamento das finanças públicas e das economias europeias, mas admitiram que esta via não exclui uma certa flexibilidade perante a urgente necessidade de gerar emprego e crescimento.

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