Bruxelas Oito países do leste europeu, ex-comunistas, e Malta receberam autorização ontem para participar do espaço Schengen sem controle de fronteiras a partir de 21 de dezembro. Estônia, Lituânia, Letônia, Polônia, República Tcheca, Eslováquia, Hungria, Eslovênia e Malta "cumprem as condições necessárias" para a supressão dos controles permanentes nas fronteiras terrestres e marítimas com os países da UE que participam do Schengen, segundo um texto adotado pelos ministros europeus do Interior, em Bruxelas.
Nos aeroportos, os controles se manterão até 30 de março de 2008, por motivos práticos. A partir das férias de Natal e de Ano Novo, será possível viajar por terra sem controle de identidade, o que deverá facilitar o turismo e a atividade econômica, em especial nas zonas fronteiriças.
Entre janeiro e setembro, cerca de 83 milhões de pessoas foram registradas apenas na fronteira entre a Alemanha e a Polônia, o que mostra o tamanho das mudanças. "No ano passado, fiquei durante seis horas na fronteira da Alemanha para retornar para minha casa, durante o natal", afirmou Inga Czerny, uma polonesa que mora em Bruxelas.
Para os países que faziam parte do ex-bloco comunista, trata-se de uma decisão bastante simbólica, já que serão "membros da UE de forma completa", resume o ministro do Interior da Eslovênia, Dragutin Mate. "As barreiras vão ser levantadas de forma simbólica e prática", afirmou o ministro do Interior da Polônia, Wladyslaw Stasiak.