Os ministros de Relações Exteriores dos países da União Europeia (UE) concordaram nesta quinta-feira (29) em não reconhecer a vitória eleitoral reivindicada pelo ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, mas não chegaram a um acordo para reconhecer o triunfo da oposição, informaram fontes diplomáticas espanholas à Agência EFE.
No conselho informal de chanceleres da UE, realizado nesta quinta em Bruxelas, capital da Bélgica, o oposicionista Edmundo González interveio de forma remota, fazendo “uma apresentação da situação” e agradecendo aos países europeus pelo convite.
“Houve um consenso de que a vitória de Maduro não será reconhecida, mas não o será para o reconhecimento da oposição”, disseram fontes à EFE.
A Espanha fez “todo o possível para manter a unidade”, acrescentaram as fontes.
Observaram que este objetivo “foi alcançado” e houve o compromisso de “intensificar o diálogo com os atores regionais, especialmente com Brasil e Colômbia, e fazer todo o possível para preservar a integridade física e os direitos civis e políticos dos membros da oposição".
A pedido da Espanha, os chanceleres dos 27 países membros da UE discutiram a possibilidade de impor sanções “mas nenhum acordo foi alcançado”, acrescentaram as fontes diplomáticas, que destacaram que “há uma grande preocupação com a deterioração do clima político e a falta de transparência democrática" na Venezuela.