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Diplomacia

UE mantém oferta à Ucrânia mas mostra divisão em relação a futuro com Rússia

A União Europeia (UE) deixou claro nesta segunda-feira (16) que sua oferta de associação com a Ucrânia segue sobre a mesa, mas demonstrou diferenças em relação às consequências que a crise no país pode ter nas suas relações com a Rússia.

Os ministros das Relações Exteriores da UE, que realizam nesta segunda reunião em Bruxelas (Bélgica), mantiveram em sua maioria um tom conciliador com Kiev e afirmaram que o governo ucraniano é quem deve decidir se quer assinar o acordo de associação e livre-comércio com o bloco europeu.

"O Reino Unido continua a favor de uma relação mais estreita entre a UE e Ucrânia", disse o chanceler britânico, William Hague, para quem a "porta segue aberta" para Kiev.

O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel García-Margallo, disse que a UE segue disposta a assinar a aproximação com a Ucrânia e assegurou que sua paciência é "quase infinita".

O chanceler sueco Carl Bildt, um dos mais críticos com as políticas de Kiev, confirmou que a UE está preparada para assinar o acordo de associação "a qualquer momento".

A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, defendeu o acordo negociado com Kiev e se mostrou convencida de que é possível dar uma resposta às preocupações da Ucrânia em relação aos problemas econômicos a curto prazo.

A unidade dos vinte e oito integrantes da UE, no entanto, não é tão evidente no que diz respeito às consequências que a crise ucraniana pode ter para as relações com Moscou.

Ashton disse que a situação não deveria ter um impacto negativo na relação UE-Rússia, embora tenha afirmado, em referência às supostas pressões russas sobre a Ucrânia, que é necessário analisar "seriamente" como outros países tomam suas decisões.

Hague frisou a importância de Kiev "decidir sem pressões externas" e reconheceu que a crise representa "uma tensão" nas relações com a Rússia.

Bildt afirmou que haverá "um impacto", pois a Rússia lançou uma "grande campanha de propaganda baseada na desinformação e, às vezes, em claras mentiras" contra o acordo UE-Ucrânia. Além disso, denunciou a "pressão econômica" exercida pelo Kremlin sobre os ucranianos.

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