Os governos da União Europeia decidiram nesta terça-feira antecipar de 30 para 23 de janeiro a reunião ministerial que deve impor um embargo à compra de petróleo iraniano.
Em nota, a UE disse que a decisão foi tomada para evitar que a reunião coincidisse com uma cúpula de chefes de Estado no dia 30.
Os 27 países da UE já decidiram em princípio impor o embargo para pressionar o Irã a abandonar seu programa nuclear, que vários governos ocidentais temem que esteja voltado para o desenvolvimento de armas - algo que Teerã nega, alegando apenas querer desenvolver energia para fins pacíficos.
Mas a adoção do embargo ainda depende da definição de detalhes. Diplomatas dizem que as sanções podem levar vários meses para entrar em vigor porque alguns governos europeus querem se preparar contra eventuais impactos econômicos adversos.
Os países propõem um "período de graça" para os atuais contratos, com duração de 1 a 12 meses, tempo necessário para que eles busquem fornecedores alternativos. A endividada Grécia, muito dependente do petróleo iraniano, busca o maior adiamento na adoção do embargo. Grã-Bretanha, França, Holanda e Alemanha querem que a demora seja de no máximo três meses.
Os EUA já anunciaram em 31 de dezembro novas sanções que tornam quase impossível para a maioria dos países comprar petróleo iraniano.
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