O ministro das Relações Exteriores da República Tcheca, Jan Lipavský, cobrou a rápida criação de um tribunal internacional especial para julgar crimes de guerra da Rússia na invasão da Ucrânia. Os tchecos exercem atualmente a presidência semestral da União Europeia, indicando posição oficial cobrando responsabilização.
No Twitter, Lipavsky fez alusão ao achado de vala comum em massa e salas de tortura nos arredores da cidade de Izyum, no leste da Ucrânia, ao falar sobre o caso. "No século 21, tais ataques contra a população civil são impensáveis e abomináveis. Não devemos negligenciá-lo. Defendemos a punição de todos os criminosos de guerra", escreveu.
Comunicado do ministério de Lipavsky destaca que ele participará da 77ª sessão da Assembleia Geral da ONU, entre 19 a 23 de setembro em Nova York, e que um tema principal em toda a semana será a agressão russa na Ucrânia e suas consequências. Conforme o órgão, "o Conselho de Segurança da ONU realizará uma sessão de alto nível para abordar a Ucrânia e uma série de eventos concomitantes, incluindo uma reunião de grupo sobre responsabilidade por agressão contra a Ucrânia e uma reunião de ministros que apoiam um Tribunal Penal Internacional".
Neste sábado, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acusou a Rússia de tortura neste sábado e comparou a situação revelada até agora em Izium, uma das cidades libertadas da região de Kharkiv, com a qual seus soldados se depararam em Bucha após a retirada das tropas russas. "É prematuro adiantar números sobre as pessoas que foram enterradas ali. As investigações ainda estão em andamento", disse o governante ucraniano, em mensagem transmitida por vídeo, segundo o portal Ukrinform.
No entanto, segundo Zelensky, "há indícios claros de tortura, maus tratos e humilhação da população. Além disso, há indícios de que soldados russos que estavam nas proximidades daquele local dispararam contra essas sepulturas simplesmente por diversão".
Até agora, cerca de 440 fossas foram localizadas nas proximidades de Izyum, na área libertada pelas tropas ucranianas em Kharkiv.
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