A União Europeia pediu à China nesta segunda-feira que exerça "máxima prudência" no caso do dissidente cego Chen Guangcheng, que escapou da prisão domiciliar na semana passada e se acredita esteja sob proteção da embaixada dos EUA em Pequim.
Os EUA não confirmaram se Chen estava em suas dependências diplomáticas em Pequim, mas aliados dele disseram que ele está sob proteção norte-americana.
"Nós pedimos às autoridades chinesas que tenham a maior prudência para lidar com o assunto, incluindo evitar o assédio a membros familiares ou qualquer pessoa associada com ele", declarou a Delegação da União Europeia para a China, em um comunicado.
"Defensores dos Direitos Humanos devem ser tratados em conformidade plena com as leis chinesas e a Constituição."
Chen escapou em 21 de abril, após 19 meses de prisão domiciliar. Depois disso, vários partidários dele foram detidos pela polícia, porém a maioria foi libertada.
O dissidente, um advogado autodidata que fez campanha contra abortos forçados - parte da política chinesa de "apenas um filho" - era mantido preso sem ordem judicial em sua casa no vilarejo de Linyi desde setembro de 2010, quando foi libertado da prisão por acusações que ele afirmava serem espúrias.
A mulher de Chen, Yuan Weijing, e o filho não fugiram com ele. Grupos pró-direitos humanos temem que eles e outros parentes de Chen tenham sofrido abusos da polícia e autoridades, irritadas com a fuga.
A questão ameaça prejudicar uma visita esta semana da secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, e do secretário do Tesouro, Timothy Geithner, para um "encontro anual econômico e estratégico" entre os dois países, em Pequim.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Governo Lula impulsiona lobby pró-aborto longe dos holofotes
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula