A União Europeia (UE) instou Israel nesta terça-feira a dividir Jerusalém com os palestinos como parte de um acordo de paz no Oriente Médio e fazer da cidade sagrada a capital dos dois Estados.

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Reafirmando uma posição que o atual governo israelense rejeita, ministros das Relações Exteriores da UE disseram que para o estabelecimento de paz na região é preciso resolver o status de Jerusalém através de negociações.

Rejeitando a anexação da parte Oriental da cidade por Israel, o comunicado do bloco europeu disse que "não reconhecerá quaisquer mudanças à fronteira estabelecida pré-1967, incluindo o que diz respeito a Jerusalém, além daquelas acertadas entre as partes".

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Israel capturou a Cisjordânia e Jerusalém Oriental da Jordânia durante a Guerra dos Seis Dias em 1967 e anexou a parte Leste de Jerusalém e bairros próximos, em uma ação não reconhecida internacionalmente.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, assumiu o cargo em março declarando que Jerusalém seguirá como "capital indivisível" do Estado judeu e excluiu diversas vezes incluir o futuro da cidade nas negociações de paz.

Seu antecessor, Ehud Olmert, disse que Israel teria que abrir mão de partes da cidade sob um acordo de paz abrangente.

Estados Unidos, UE, Rússia e a Organização das Nações Unidas classificam o futuro de Jerusalém como um dos pontos principais a serem acertados com o reinício das negociações de paz entre Israel e palestinos.

Em Ramallah, na Cisjordânia, o primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad, pareceu comovido pelo comunicado europeu.

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"Acho que hoje é um bom dia para a lei internacional, para a legitimidade internacional, para a justiça e para nosso próprio povo começar a ter um sentimento de esperança sobre o futuro", disse à Reuters.