A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, pediu nesta quarta-feira às autoridades do Sudão do Sul que investiguem o ataque contra um comboio da missão da ONU no país (UNMISS) que deixou pelo menos 12 mortos.

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Em comunicado, Ashton se mostrou "afligida" pela trágica perda de vidas e enviou suas condolências às famílias das vítimas.

"Faço uma chamada ao Governo do Sudão do Sul para que produza uma investigação e leve os culpados à Justiça", apontou.

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A alta representante europeia disse "deplorar" o conflito que persiste na província de Jonglei e instou "todos os grupos a respeitarem a chamada das autoridades locais para abandonarem as armas e resolverem suas diferenças de forma pacífica".

Poucas horas depois do ataque, nesta terça-feira, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, classificou a morte dessas 12 pessoas, entre elas cinco boinas azuis, como um "crime de guerra".

A Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul (UNMISS) está presente na conflituosa Jonglei para proteger a população civil e escoltar o comboio de ajuda humanitária.

A UNMISS tem mandato do Conselho de Segurança da ONU para manter sua missão no país até julho de 2013 com o objetivo de proteger a população civil e melhorar a segurança na nação mais jovem da África.

Esse não é o primeiro ataque que os boinas azuis sofrem no país. Em 21 de dezembro, um helicóptero da UNMISS foi derrubado por erro no Sudão do Sul, o que matou os quatro tripulantes.

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Sudão do Sul, de maioria cristã e animista, se emancipou do Sudão, de maioria muçulmana, em julho de 2011 graças a um acordo de paz que havia assinado em 2005 e que encerrou décadas de guerra civil.