A União Europeia (UE) publicou um comunicado neste domingo (4) afirmando que os resultados divulgados pelo chavista Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, que indicam o ditador Nicolás Maduro como vencedor das eleições presidenciais realizadas no último dia 28 de julho, “não podem ser reconhecidos”.
“Relatórios de missões internacionais de observação eleitoral afirmam claramente que as eleições presidenciais de 28 de julho não atenderam aos padrões internacionais de integridade eleitoral”, diz o início do comunicado.
“O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) ainda não publicou os registros oficiais de votação ("atas") das seções eleitorais. Sem evidências para apoiá-los, os resultados publicados em 2 de agosto pelo CNE não podem ser reconhecidos”, continua. “Qualquer tentativa de atrasar a publicação completa dos registros oficiais de votação apenas lançará mais dúvidas sobre a credibilidade dos resultados oficialmente publicados”, cita o texto.
O comunicado do bloco europeu foi divulgado um dia após sete países-membros (Itália, França, Espanha, Alemanha, Países Baixos, Polônia e Portugal) publicarem uma declaração conjunta onde pediam que o regime chavista publicasse as atas de votação.
“Cópias dos registros eleitorais publicadas pela oposição, e revisadas por várias organizações independentes, indicam que Edmundo González Urrutia aparenta ser o vencedor das eleições presidenciais por uma maioria significativa”, diz a UE em seu comunicado, afirmando também que “solicita uma verificação independente adicional dos registros eleitorais, se possível por uma entidade internacionalmente reconhecida”.
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