Depois de anunciar o acolhimento de 120 mil refugiados, a União Europeia (UE) planeja criar um fundo de pelo menos 2 bilhões de euros (R$ 9 bilhões) para ajudar os países que fazem fronteira com a Síria. Esta foi uma das propostas discutidas na quarta-feira (23) na reunião de dirigentes da União Europeia, em Bruxelas. Até a conclusão desta edição, não foi anunciado o valor exato da ajuda.
Deste total, metade da verba será enviada diretamente à Turquia. Segundo o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur), o país abriga 1,9 milhão dos 4,1 milhões de pessoas que fugiram da Síria por causa da guerra civil.
O restante será entregue ao fundo do Acnur para gerenciar a crise. Com isso, os recursos deverão ser distribuídos também para Líbano, Jordânia, Iraque e Egito.
Críticas
Nesta quarta, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, afirmou que os líderes da União Europeia devem parar de trocar acusações sobre o tema da imigração e avaliar maneiras de fortalecer as fronteiras do bloco. Há temores de que possa haver uma forte divisão entre os membros da UE, na resposta à crise imigratória.
Tusk advertiu que “milhões, não milhares” de refugiados sírios podem chegar à Europa. Segundo ele, é preciso que a UE retome o controle de suas fronteiras, após semanas de “recriminações mútuas e desentendimento”.
Cobrança
Já o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, disse que irá propor que os Estados da União Europeia contribuam mais com o orçamento do bloco para ajudar a lidar com a crise de refugiados, e que a Grécia deveria permitir que outros países defendam suas fronteiras para deter o fluxo. Orban afirmou que os países da UE deveriam dar 1% a mais para o orçamento comum da união e reduzir os gastos do bloco no mesmo montante,
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