Grécia
A Grécia disse na quinta-feira (3) que precisa de cerca de 1 bilhão de euros (US$ 1,1 bilhão) para lidar com a atual crise de refugiados. De acordo com o ministro da economia interino, Nikos Christodoulak, mais de 230 mil imigrantes entraram no país este ano – muitos vindos pelo mar. Nos primeiros oito meses do ano passado, foram 17,5 mil imigrantes.
A União Europeia está com planos de redistribuir até 160 mil refugiados que chegaram à Itália, Grécia e Hungria nos últimos meses. O plano, que será finalizado nos próximos dias, deve ser apresentado na próxima quarta-feira (9) pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, antes de ser discutido em uma reunião de emergência com os ministros do Interior da União Europeia em 14 de setembro.
Esta é a segunda tentativa de Juncker de convencer os governos nacionais de que eles precisam dividir a carga de refugiados mais uniformemente em todo o bloco. Em maio, ele tentou criar um sistema de cotas, baseado no tamanho da população de cada país, no Produto Interno Bruto (PIB), na taxa de desemprego e do número de refugiados já existentes no local.
No entanto, os líderes da UE rejeitaram a proposta categoricamente em junho, dizendo que iriam fazer os próprios planos e compromissos voluntários. O objetivo naquele momento era cumprir a meta de redistribuir 40 mil sírios e eritreus que chegaram na Itália e na Grécia.
Porém, em julho, os ministros do Interior conseguiram assegurar os compromissos nacionais para apenas 32 mil refugiados. Juncker viu isso como uma prova de que as promessas voluntárias não funcionam e prometeu intervir com um sistema de redistribuição permanente até o fim do ano.
De acordo com a autoridade relacionada ao assunto, os planos da próxima semana vão incluir uma proposta para aumentar de 40 mil para 120 mil o número de refugiados a serem redistribuídos pelo território europeu. Também vão prever incluir a Hungria ao lado de Grécia e Itália na lista de países a serem ajudados.
A outra parte do plano é um mecanismo de redistribuição de longo prazo, a ser desencadeado por qualquer país afetado por um súbito afluxo de imigrantes. Não está claro qual o limite de imigrantes para ativar o mecanismo.
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, disse na quinta-feira (3) que “uma justa distribuição de pelo menos 100 mil refugiados é o que precisamos hoje”. Esta é a primeira vez que esse número foi dito publicamente por uma autoridade da UE.
Na mesma linha, a chanceler alemã, Angela Merkel, disse que a “União Europeia precisa de cota para redistribuir os imigrantes e que a Alemanha irá fazer o que for moral e legalmente necessário”. Nessa quinta-feira (3), Alemanha e França anunciaram que vão elaborar um plano para acolher os refugiados na Europa e distribuí-los de forma mais equitativa em toda a região. A imigração para a Alemanha atingiu o seu nível mais alto desde 1992.
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