Insurgência
ONU aprova aumento de forças na Somália
O Conselho de Segurança da ONU aprovou ontem o aumento de 50% do efetivo destinado a proteger o governo da Somália contra grupos armados da oposição. As forças de paz no país, pela decisão, devem aumentar de 8 mil para 12 mil tropas. O governo somali, que, com o respaldo da União Africana, controla apenas alguns quarteirões da capital Mogadíscio, enfrenta a expansão do grupo insurgente islâmico Al Shabab, ligado à rede terrorista internacional Al Qaeda.
A Somália não tem um governo fixo desde 1991, quando o ditador Siad Barre foi derrubado. Desde então, seu território é controlado por milícias islâmicas e outros grupos radicais.
O Conselho também autorizou que a União Africana estenda a manutenção tática de suas forças de paz conhecidas como Amison até 30 de setembro de 2011, por considerar o movimento "vital para a estabilidade no longo prazo do país".
Abidjan - A União Europeia (UE) adotou ontem oficialmente a proibição à concessão de visto de entrada no continente para o presidente marfinense autoproclamado, Laurent Gbagbo, e 18 de seus colaboradores, e estuda ampliar em breve a lista.
Depois das polêmicas eleições presidenciais de 28 de novembro na Costa do Marfim, a Europa e o conjunto da comunidade internacional reconhecem como presidente legítimo Alassane Ouattara, enquanto Gbagbo continua resistindo a ceder o poder.
As sanções já haviam sido acertadas, mas sua entrada em vigor requeria a aprovação dos 27 governos da UE.
Está previsto que a próxima etapa seja o congelamento de bens das pessoas já afetadas pela proibição de vistos.
Entre elas, além de Gbagbo, se encontram suas duas mulheres, Simone e Nadiana, assim como Desiré Tagro, secretário-geral da Presidência, e Pierre Brou Ames san, diretor da rádio-televisão pública.
Os embaixadores dos 27 países reunidos em Bruxelas começaram a discutir na terça-feira a possibilidade de ampliar a lista, de acordo com fontes diplomáticas.
Disputa
A Organização das Nações Unidas (ONU) advertiu sobre o "risco real" do retorno da guerra civil à Costa do Marfim. A França, após o pronunciamento da ONU, pediu para que seus cidadão deixem o país, por segurança.
Enquanto a comunidade internacional pressiona Gbagbo para solucionar o impasse, o Banco Mundial anunciou que irá interromper os financiamentos da Costa do Marfim.
O Conselho de Segurança da ONU já havia estendido o mandato das forças de paz na Costa do Marfim por mais seis meses, contrariando o presidente Laurent Gbagbo, que exigiu a retirada do efetivo no país.
Nas últimas semanas, a tensão na Costa do Marfim empurrou os preços do cacau no mercado de futuros para o nível mais alto em quatro meses.
No domingo, a alta comissária de direitos humanos da ONU, Navi Pillary, citou evidências de violações "maciças" dos direitos humanos cometidas na Costa do Marfim.
Mais de 50 pessoas teriam sido mortas nos últimos três dias e há o receio de que pessoas detidas tenham sido executadas.