A União Europeia (UE) proibiu nesta segunda-feira (23) a venda de bens e produtos de luxo para a Síria que possam ter uso militar e também civil. A proibição parece ter como alvo alguns dos mais leais partidários do presidente Bashar Assad: a comunidade empresarial, que tem importante papel na sustentação do regime.
O influente bloco dos líderes empresariais há tempos troca liberdades políticas por privilégios econômicos na Síria. Até agora, as classes mais ricas têm ficado à margem da questão política, mas se o aperto econômico chegar a elas o jogo pode mudar, dizem analistas
A chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton, disse que os ministros de Relações Exteriores dos 27 países do bloco aprovaram novas sanções "por causa das profundas preocupações sobre a situação e a contínua violência, apesar do cessar-fogo".
"Nós esperamos que o governo retire todas as tropas e armamentos pesados das cidades e nós queremos ter certeza que o regime dará amplo acesso às organizações humanitárias."
A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que mais de 9 mil pessoas tenham sido mortas desde o início do levante. A ONU enviou um grupo de observação avançado de oito pessoas para a Síria para auxiliar na implantação do plano do enviado especial Kofi Annan e encerrar a crise no país. A ONU autorizou o envio de uma missão com 300 observadores. As informações são da Associated Press.
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