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Líderes europeus prometeram nesta sexta-feira bilhões de euros em ajuda para os países em desenvolvimento, na esperança de obter o apoio deles para um acordo para o clima em Copenhague.

"Concordamos agora em 2,4 bilhões de euros por ano", disse um diplomata europeu à Reuters. O presidente da França, Nicolas Sarkozy, avaliou a cifra em 2,43 bilhões de euros.

O financiamento de um fundo para que os países em desenvolvimento se adaptem às mudanças climáticas e reduzam suas emissões de gases do efeito estufa é um dos principais entraves à adoção de um novo tratado climático que substitua o Protocolo de Kyoto a partir de 2013.

Os países pobres temem que as nações industrializadas não cumpram suas promessas de ajuda, mas a UE espera que essas suspeitas sejam afastadas se os Estados ricos pagarem até 7 bilhões de euros (10,3 bilhões de dólares) por ano até que o novo acordo do clima entre em vigor. A UE pagaria cerca de um terço do total.

Cerca de 17 dos 27 países da UE contribuiriam - alguns dos mais pobres do bloco ficaram de fora.

Vários países da UE atravessam uma fase de problemas financeiros, com aumento acentuado dos déficits e dívidas públicas, depois da pior crise econômica das últimas décadas.

Grã-Bretanha e França disseram na sexta-feira que iriam contribuir conjuntamente com pelo menos 2,4 bilhões de euros para financiar reduções de emissões e outras medidas em países pobres no período 2010-12.

O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, disse que a oferta do seu país pode chegar a 1,6 bilhão de euros ao longo dos três anos, caso ele sinta que isso contribuiria com a definição de um acordo na atual conferência de Copenhague.

Os governos mais ricos estão despejando bilhões de euros nas suas economias para tentar resgatá-las da crise e preservar empregos.

Já nações mais pobres da UE - Hungria, Letônia e Romênia - tiveram de recorrer a empréstimos do FMI e da Comissão Europeia. A Grécia está cercada por especulações negativas de seus credores nas últimas semanas, enquanto a outrora próspera Irlanda teve de realizar cortes de gastos públicos sem precedentes.

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