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Combustíveis

UE quer priorizar o uso do álcool

Genebra – A União Européia (UE) prepara um amplo pacote de políticas para incrementar o mercado de etanol nos 27 países do bloco. O anúncio ocorrerá em Bruxelas na semana que vem e incluirá novas metas de uso do biocombustível entre os países europeus, em parte substituindo aos combustíveis fósseis e reduzindo a dependência em relação às importações de petróleo.

Para diplomatas em Bruxelas, a criação de um mercado de álcool na Europa terá um impacto direto na produção brasileira, já que os próprios europeus reconhecem que terão de importar do país no futuro para abastecer seu mercado.

Esta semana a França iniciou a instalação de postos de gasolina que oferecerão álcool em todo o país. Alemanha, Polônia e Suécia já contam com o combustível. A comissária para a Agricultura do bloco europeu, Mariann Fischer Boel, confirmou que a Comissão Européia vai subsidiar usinas de açúcar que queiram se transformar em usinas de álcool, além de destinar recursos de programas de ajuda rural para agricultores que queiram seguir esse caminho.

Na Europa, porém, o etanol é apenas competitivo quando o barril do petróleo estiver acima de 90 euros. Com um valor de 60 euros por barril de petróleo, portanto, a produção de etanol consegue a duras penas sobreviver na UE. Não por acaso, as tentativas feitas até agora pela UE para implementar o uso do etanol não tiveram o sucesso esperado. Muitos países não chegar sequer aos índices sugeridos pela Comissão para o uso do biocombustível entre suas fontes de energia.

Diante dessa situação, Bruxelas decidiu anunciar que novas formas de financiamento serão adotadas para facilitar a adoção do novo combustível pelos agricultores europeus. "O biocombustível não vai superar os combustíveis fósseis de um dia para o outro", afirmou Fischer Boel, que admite que o setor rural europeu ainda está cauteloso com as perspectivas de ganho do etanol. "Mas estamos tomando uma atitude estratégica", completou.

Brasil

Segundo Fischer Boel, o novo mercado de etanol na Europa, mesmo com os incentivos, não conseguirá ser abastecido inteiramente pelos produtores da região.

A comissária admite que terá de importar etanol, principalmente do Brasil, uma vez que o mercado esteja em pleno funcionamento.

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