O presidente da Comissão Europeia (Poder Executivo da União Europeia), José Manuel Barroso, disse na quinta-feira que os Estados Unidos deveriam elevar na conferência de Copenhague a sua meta de redução de emissões de gases-estufa.
"Realmente espero que eles anunciem mais", disse o português a jornalistas. "O presidente (Barack) Obama não está vindo (a Copenhague) só para reiterar o que está no projeto de lei deles", afirmou, referindo-se ao projeto que tramita no Congresso dos EUA com metas para a limitação das emissões.
A conferência de Copenhague, que termina na sexta-feira, pode fracassar devido às discordâncias entre países ricos e pobres sobre quem pagará a conta do combate à mudança climática.
Para tentar superar o impasse, a secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, disse que os EUA ajudarão a angariar 100 bilhões de dólares por ano até 2020 para um fundo climático destinado aos países pobres. Mas ela não fez nenhuma oferta adicional no que diz respeito às emissões.
Os EUA até agora se comprometem a uma redução de emissões de 17 por cento até 2020, em comparação aos níveis de 1990. Isso equivale a 3 por cento a menos do que os níveis de 1990, data-base usada pela ONU.
Barroso disse que conversas com outros líderes lhe deixaram confiante de que os países ricos aceitarão dar 10 bilhões de dólares por ano aos países pobres no período 2010-12. Esse dinheiro ajudará as nações em desenvolvimento a se adaptar às mudanças climáticas e reduzir suas emissões.
"Pelos meus contatos com muitos parceiros, estou esperançoso de que alcancemos a meta dos 10 bilhões de dólares", disse Barroso.
A União Europeia já prometeu cerca de 3,5 bilhões de dólares por ano no período 2010-12, e o Japão disse na quarta-feira que irá elevar sua oferta para cerca de 5 bilhões de dólares por ano, incluindo financiamento público e privado.