Entrada da embaixada da China na Holanda, em Haia. Imagem ilustrativa.| Foto: Bart Maat / ANP / AFP
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Estados Unidos, União Europeia, Reino Unido e Canadá anunciaram nesta segunda-feira (22) sanções contra a China por abusos contra direitos humanos em Xinjiang, região noroeste da China, onde o governo chinês é acusado de infringir os direitos humanos contra a minoria uigur.

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Os EUA divulgaram, através de seu Departamento de Estado, uma declaração assinada por EUA, Reino Unido, Austrália, Canadá e Nova Zelândia, que afirma que as evidências sobre o violação dos direitos humanas são “esmagadoras”.

“O extenso programa de repressão da China inclui severas restrições às liberdades religiosas, o uso de trabalho forçado, detenção em massa em campos de internamento, esterilizações forçadas e a destruição combinada da herança uigur”, diz a declaração.

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A declaração também pede acesso “irrestrito” à província para que investigadores independentes das Nações Unidas, jornalistas e diplomatas estrangeiros possam investigar em detalhe os abusos.

Quanto às sanções, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou-as a duas autoridades chinesas por envolvimento "em sérios abusos de direitos humanos contra minorias étnicas" na região de Xinjiang, segundo comunicado.

De acordo com a nota, os alvos das punições serão o secretário do Comitê do Partido do Corpo de Produção e Construção de Xinjiang (XPCC), Wang Junzheng, o diretor do Departamento de Segurança Pública de Xinjiang (XPSB), Chen Mingguo.

"O Tesouro está empenhado em promover a responsabilização pelos abusos dos direitos humanos do governo chinês, incluindo detenção arbitrária e tortura contra uigures e outras minorias étnicas", salientou a diretora do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros Andrea M. Gacki.

A União Europeia por sua vez afirmou que impôs sanções a quatro autoridades chinesas e ao departamento de segurança pública da região por envolvimento em violações dos direitos humanos contra muçulmanos uigures. As medidas incluem proibições de viagens e congelamento de ativos – essas são as medidas mais significativas desde o embargo de armas após os assassinatos de 1989 na Praça Tiananmen.

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A China respondeu rapidamente, colocando medidas semelhantes contra uma longa lista de seus críticos europeus.

Nem a UE nem as listas britânicas incluem o principal funcionário do Partido Comunista Chinês na região, Chen Quanguo, que foi citado em sanções mais fortes dos EUA no ano passado.

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Resposta da China

A China respondeu impondo sanções a uma série de indivíduos e organizações europeias pelo que descreveu como "prejudicar gravemente a soberania e os interesses da China e espalhar mentiras e desinformação maliciosamente”.

Os 10 indivíduos incluem cinco membros do Parlamento Europeu - Reinhard Butikofer, Michael Gahler, Raphaël Glucksmann, Ilhan Kyuchyuk e Miriam Lexmann.

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O comunicado à imprensa condena as autoridades por “mentiras” sobre as “chamadas questões de direitos humanos em Xinjiang”.

Raphaël Glucksmann, membro francês do Parlamento Europeu, tuitou nesta segunda-feira que considerava a sanção uma “medalha de honra”.

O jornal americano Washington Post, lembrou que nos últimos meses, a Europa foi criticada por permanecer ociosa enquanto os Estados Unidos assumiam a liderança em questões como Xinjiang.

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