Jerusalém (EFE) – A União Européia (UE) espera que o Hamas responda de forma positiva às condições impostas pelo quarteto de Madri, disse ontem o representante do bloco em Israel, Ramiro Cibrian-Uzal, que rejeitou as acusações de "chantagem" feitas pelo movimento islâmico. "Nós demos o primeiro passo estabelecendo os critérios com base nos quais poderemos cooperar com um futuro governo da Autoridade Palestina (AP).

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O Hamas venceu as eleições legislativas palestinas da semana passada, ficando com 76 das 132 cadeiras do Parlamento. O fato tem sido fonte de preocupação para quarteto – EUA, UE, ONU e Rússia – em razão de sua carta de princípios, que prega a destruição de Israel. Para obter a garantia de trégua, o quarteto tem ameaçado cortar o financiamento que sustenta a AP. "É preciso que as autoridades políticas palestinas nos dêem uma resposta sobre se os critérios são aceitáveis para eles ou não", disse Cibrian-Uzal. "A UE continuará formulando suas políticas com base nessa resposta", ressaltou.

O diplomata se referiu às três condições definidas ontem pelo Conselho da UE para estabelecer relações com o Hamas e continuar colaborando com um governo palestino sob o comando do grupo, dado sua rejeição a Israel e aos acordos de Oslo. De acordo com ele, a UE não pode dialogar nem contribuir financeiramente com um governo que "não aceite a resolução pacífica do conflito, não respeite os acordos e compromissos adotados pela AP no passado e não reconheça Israel como interlocutor legítimo, imprescindível e irrenunciável".

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As condições da UE, apoiadas horas depois, em Londres, pelo quarteto, foram classificadas pelo Hamas como uma "chantagem" e uma "extorsão".