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Os países da União Europeia (UE) suspenderam nesta quarta-feira (21) as licenças de exportação de armamento e equipamentos de segurança ao Egito. A medida é uma represália à violência registrada durante os confrontos entre as forças do governo interino e islamitas.

Os muçulmanos pedem o retorno do presidente Mohammed Mursi, deposto em uma intervenção militar em 3 de julho. A queda do mandatário gerou uma onda de protestos que, na semana passada, deixou mais de 900 mortos em três dias.

Os 28 integrantes do bloco suspenderam as licenças de exportação de "todos os equipamentos que possam ser utilizados na repressão interna", assim como reexaminará a ajuda de segurança. A maioria dos países da UE já havia anunciado a suspensão da entrega de armas ao Egito devido à crise.

A chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton, indicou que a UE reexaminará a importante ajuda fornecida ao Cairo, mas que "a ajuda aos mais desfavorecidos será mantida". "Afirmamos nosso apoio ao povo do Egito (...) que é um sócio essencial" da UE, ressaltou Ashton após a reunião.

"Condenamos fortemente todos os atos de violência e estimamos que as ações recentes levadas adiante pelos militares foram desproporcionais. Convocamos todas as partes a colocar fim à violência", acrescentou.

Na semana passada, alguns países da União Europeia defendiam a mudança como uma represália à violência política no Egito. A ameaça, no entanto, foi mal recebida pela administração provisória do país, que pretende fazer uma revisão em todos os convênios com países ocidentais.

A decisão é revelada em um momento que os egípcios recebem uma grande injeção de recursos de países do Golfo, como Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos. Apenas os sauditas forneceram US$ 12 bilhões (R$ 28,8 bilhões) em agosto, sete vezes mais que a ajuda militar americana, de US$ 1,5 bilhão.

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