O último comboio de soldados dos EUA deixou o Iraque neste domingo (18), acabando com quase nove anos de guerra, que custaram a vida de quase 4,5 mil norte-americanos e de dezenas de milhares de iraquianos, além de deixar o país em meio a uma incerteza política. A guerra, que começou em março de 2003 com mísseis tomando Bagdá para tirar do poder o presidente Saddam Hussein, acaba em uma democracia frágil e que ainda enfrenta insurgentes, tensões sectárias e o desafio de se firmar na turbulenta região árabe. A última coluna, de quase 100 veículos militares MRAP, cruzou o deserto do sul iraquiano com 500 soldados durante noite e começo do dia em uma estrada vazia em direção à fronteira do Kuwait. Buzinando, a última coluna de aproximadamente 25 caminhões e traileres carregando o veículo de combate Bradley atravessou a fronteira no começo da manhã de domingo, com os soldados acenando para militares locais ao longo do trajeto. "Mal posso esperar para ligar para minha esposa e meus filhos e dizer que estou são e salvo", afirmou o sargento de primeira classe Rodolfo Ruiz, quando se aproximava da fronteira. Em seguida, disse aos subordinados que a missão estava encerrada. "Rapazes, vocês cumpriram a tarefa", declarou. Para o presidente Barack Obama, a retirada dos militares é o cumprimento da promessa eleitoral de trazer de volta as tropas de um conflito herdado do antecessor, guerra esta que foi a mais impopular desde o Vietnã e que manchou a reputação dos EUA no mundo inteiro. Para os iraquianos, no entanto, a saída dos EUA traz um gosto de soberania temperado pelo medo de que o país caia de novo em uma espécie de violência sectária que matou milhares de pessoas nos piores momentos, que foram de 2006 a 2007.
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