O último veterano conhecido da Primeira Guerra Mundial (1914-18) Claude Stanley Choules, morreu hoje em Perth, no oeste da Austrália, aos 110 anos, anunciou sua família. Cidadão britânico Choules passou mais de 40 anos na Marinha Real na Inglaterra e na Austrália, informa o Wall Street Journal.
Um neto do veterano, Malcolm Edinger, anunciou que a morte ocorreu nesta manhã. Choules mentiu a idade para se alistar na Marinha aos 14 anos, em 1915. Ele acompanhou dois irmãos mais velhos, que serviram na campanha de Gallipoli, quando soldados britânicos e outros aliados - muitos da Austrália - tentaram tomar o controle do Estreito de Dardanelos das tropas turcas do Império Otomano.
"Definitivamente não houve glória nisso, do ponto de vista dele" disse Edinger. "Ele acreditava firmemente que a guerra havia sido pura perda de tempo, recursos e vidas humanas". Choules tornou-se o último veterano vivo após a morte do norte-americano Frank Buckles em fevereiro, segundo a Order of the First World War, um grupo sediado nos Estados Unidos que rastreava veteranos do conflito.
Travada entre 1914 e 1918, a então chamada Grande Guerra desenvolveu-se na maior parte do tempo em trincheiras, do norte da França à Bélgica, deixando milhões de mortos. Choules testemunhou a rendição da Marinha Imperial Alemã, e depois a escolta de uma frota alemã de navios de combate para a costa da Escócia, ao fim do conflito. Ele se mudou para a Austrália em 1926 e continuou na carreira naval até 1956.
Apesar de sua longa carreira, Choules minimizava seus feitos militares. Ele costumava lembrar das horas de diversão, como mergulhos no deck de um porta-aviões, contou o neto, mas nunca discutia o lado mais tenebroso da guerra.
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