Equipes de resgate retiraram na segunda-feira os últimos corpos dos destroços de um avião que se acidentou na véspera ao pousar sob forte chuva na ilha turística de Phuket, no sul da Tailândia, matando 89 pessoas.
Os investigadores já recuperaram as caixas-pretas e agora analisam a fuselagem do aparelho MD-82 para entender por que ele fez uma curva sobre a pista antes de bater contra árvores da lateral e explodir.
Sansern Wongcha-um, vice-ministro dos Transportes, disse que o acidente matou 34 tailandeses e 55 estrangeiros, a maioria turistas europeus. O piloto (indonésio) e o co-piloto (tailandês) estão entre os mortos.
Por outro lado, 41 pessoas foram resgatadas com vida, mas cinco delas estão em estado grave, com queimaduras em 60 por cento dos seus corpos. Entre os sobreviventes há 14 tailandeses, sete britânicos, cinco iranianos e quatro alemães. Um escocês havia sido previamente incluído por engano na lista de sobreviventes.
O acidente deve despertar questões sobre a segurança das empresas de baixo custo que proliferam na Ásia desde a década passada.
O aeroporto de Phuket, próximo à praia, é conhecido por suas condições complicadas de pouso. Depois do acidente, ele ficou fechado até a noite de segunda-feira (horário local), exceto para o pouso de um avião que levava o primeiro-ministro Surayud Chulanont.
A Austrália ofereceu ajuda para identificar as vítimas, entre as quais há pelo menos quatro suecos, três norte-americanos, dois iranianos, um francês, um australiano e um britânico.
"Esse processo (de identificação) pode levar algum tempo", disse o chanceler australiano, Alexander Downer. Legistas australianos tiveram papel importante na identificação de vítimas do tsunami de dezembro de 2004, que matou 5.395 pessoas na Tailândia, sendo mais de 200 em Phuket.
Um ponto importante na investigação do acidente deve ser a condição do tempo na hora do pouso do avião, pertencente à empresa One-Two-Go.
Uma importante fonte do comando de aviação civil disse ao jornal Bangkok Post que o piloto anunciara à torre que iria abortar o pouso porque não via a pista. Sobreviventes disseram que a chuva era torrencial e que árvores se curvavam devido ao vento.
"O piloto tentou arremeter o avião. Ele começou a virar para a direita e fez uma curva acentuada à direita, e então o avião foi para o muro de contenção", contou à Reuters, em um hospital, a garçonete canadense Millie Furlong, 23 anos. "Eu vi a grama e sabia que íamos bater. Foi muito rápido."
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