Supla interpretando Mário Lago em cena do filme "Noel, poeta da Vila"| Foto: Divulgação

Romeu e Julieta de 5 mil anos?

Os esqueletos dos amantes encontrados em Mântua podem representar uma versão do período neolítico de Romeu e Julieta, a tragédia de amor mais conhecida no mundo ocidental. Imaginação à parte, Verona é cenário da obra de William Shakespeare (1564–1616).

A peça de Shakespeare, no entanto, é a dramatização do poema narrativo A Trágica História de Romeu e Julieta, de Arthur Brooke, morto em 1563. E Brooke, por sua vez, havia feito adaptações de escritos anteriores.

O texto, que foi adaptado e fez grande sucesso no cinema, conta a história de Romeu, da família Montechio, e Julieta, dos Capuletos, dois jovens apaixonados que desafiam o ódio entre as duas famílias para ficarem juntos. E como se trata de uma tragédia, o amor leva o casal à morte.

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Roma – Arqueólogos desenterraram dois esqueletos do período neolítico envoltos num terno abraço e sepultados nos arredores de Mântua, a apenas 40 quilômetros de Verona, a romântica cidade usada por William Shakespeare como cenário da obra-prima Romeu e Julieta.

Acredita-se que os amantes pré-históricos, sepultados entre 5 mil e 6 mil anos atrás, eram um homem e uma mulher que morreram ainda jovens, já que seus dentes foram encontrados intactos, disse Elena Menotti, a arqueóloga encarregada da escavação.

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"Até onde sabemos, trata-se de algo muito especial", afirmou Menotti. "Já não há notícias de sepultamentos duplos do período neolítico, muito menos (com os esqueletos) envolvidos num abraço", observou.

O casal foi descoberto na última segunda-feira, quando operários trabalhavam na construção de uma fábrica nos arredores de Mântua. Junto do casal, os arqueólogos também encontraram ferramentas de pedra, pontas de flecha e uma faca.

Os especialistas agora analisarão os artefatos e os esqueletos para determinar com mais certeza quando eles viveram e qual era a idade do casal no hora da morte.