Os líbios saíram às ruas nesta sexta-feira (17), no aniversário da rebelião que derrubou Muammar Kadafi, e alguns lamentaram a insegurança e a desordem que assolam o país, que prepara eleições. Agitando bandeiras, multidões se aglomeraram na praça dos Mártires, em Trípoli, e na praça da Liberdade, em Benghazi, berço da revolta. Para isso, precisaram passar por barreiras viárias montadas pelas autoridades. As manifestações ocorriam já na noite de quinta-feira (16), quando homens, mulheres e crianças saíram às ruas de várias cidades gritando e agitando bandeiras. Na tentativa de construir um Estado democrático, o enfrenta dificuldades para impor sua autoridade em um país inundado por armas e carente de uma polícia e um Exército unificados.
Milícias fortemente armadas preencheram o vácuo de poder, criando feudos. Seus combatentes se dizem leais ao CNT, mas na prática obedecem só a seus comandantes, e há frequentes confrontos pelo controle de determinados bairros. O professor de engenharia Ezzieddin Agiel, da Universidade de Trípoli, disse que a insegurança pode afetar a eleição de junho. "O maior feito da revolução foi acabar com o regime de Kadafi e dar um basta à corrupção da família dele. As eleições refletem a busca líbia para construir o Estado e a Constituição", acrescentou. "A fraqueza das instituições políticas pode levar a sérios problemas para a Líbia, os quais podem ser difíceis de controlar".
O novo governo não organizou celebrações oficiais em nível nacional para o aniversário, em respeito às milhares de pessoas que morreram no conflito que terminou com a captura e morte de Kadafi em 20 de outubro. Mas o presidente do CNT, Mustafa Abdel Jalil, deve comparecer a Benghazi para a ocasião.
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