Policiais montam guarda no local onde ocorreu a explosão, durante a maratona de Boston do ano passado| Foto: Reuters/Dominick Reuter

Cerimônias discretas, emoção e perseverança marcam o primeiro ano do atentado à Maratona de Boston, o maior ataque em solo americano desde o 11 de setembro de 2001. A cidade parou nesta terça-feira (15) para lembrar os três mortos e mais de 260 feridos na explosão na linha de chegada de uma das corridas mais famosas do mundo.

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A cerimônia religiosa da manhã desta terça teve a participação das famílias das três vítimas da maratona, assim como do guarda do Instituto de Tecnologia de Massachusetts assassinado pelos irmãos Tsarnaev, acusados do atentado. O culto na capela do Hospital Geral de Massachusetts foi o primeiro de uma série de eventos que mais tarde contará com o vice-presidente Joe Biden.

O prefeito Martin Walsh e o cardeal Sean O'Malley percorreram os locais onde duas bombas explodiram. Acompanhado por uma guarda de honra da polícia local, um grupo de autoridades que incluiu o governador de Massachusetts, Deval Patrick, e as famílias das vítimas, parou duas vezes ao longo da Boylston Street, perto da linha de chegada da corrida. Eles se abraçaram e falaram baixinho enquanto gaitas de foles eram tocadas.

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De Washington, o presidente Barack Obama enviou uma mensagem enviou uma mensagem lembrando não só as vítimas, mas também os que ainda tentam se recuperar e os que ajudaram os feridos.

"Sabemos que as imagens mais vívidas daquele dia não foram da fumaça e do caos, mas da compaixão, da bondade e da força: um homem de chapéu de cowboy ajudando um estranho ferido; corredores abraçando pessoas queridas, e uns aos outros. Hoje reconhecemos a incrível coragem e liderança de tantos moradores de Boston diante de uma tragédia intraduzível", disse Obama.

Os irmãos Tamerlan e Dzhokkar Tsarnaev, de origem chechena, foram acusados do ataque e da morte do guarda. Tamerlan foi morto durante uma perseguição policial. Seu irmão mais novo foi capturado ferido, cinco dias mais tarde e hoje está preso, aguardando julgamento. As bombas usadas eram artesanais, feitas com panelas de pressão e carregadas em mochilas. Elas mataram Martin Richard e Krystle Campbell, de 29 anos, e Lu Lingzi, de 23.

Este ano a maratona, marcada para 21 de abril, contará com 36 mil corredores, dezenas de milhares de espectadores que pretendem mostrar que Boston não se amedrontou. Mas ocorrerá também sob forte esquema de segurança e novas restrições, que incluem a proibição de mochilas.

"Acho que esta semana vai ser difícil para todos", disse Laura York, que mora perto da linha de chegada da maratona e que estava perto do local onde a segunda bomba explodiu.

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Mesas de discussões, pequenas cerimônias, fundos para caridade ocorrem paralelamente às cerimônias principais.

"Vamos transformar isso em um momento de união e perseverança e força", disse Alison Beliveau, que mora em South Boston. "Nós vamos conseguir".