Tropas sírias invadiram neste sábado (19) uma cidade central e uma região do noroeste do país, em busca de opositores do governo, enquanto a pressão para que o país encerre uma crise de oito meses que deixou milhares de mortos se intensificou, disseram ativistas. Pelo menos 17 pessoas teriam sido mortas.

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Os ataques na cidade de Shezar, na província central de Hama, e na região de Jabal al-Zawiya, localizada próxima da fronteira com a Turquia, ocorreram um dia após a Síria ter fechado um acordo para permitir que observadores árabes no país supervisionem um plano de paz proposto pelos 22 membros da Liga Árabe.

O Observatório Sírio para Direitos Humanos, baseado no Reino Unido, e os Comitês de Coordenação Local afirmaram que os pousos de aviões, as comunicações por celulares, bem como a eletricidade, foram cortados na região de Jabal al-Zawiya, onde desertores do exército têm atuado durante meses.

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Entre os mortos hoje estariam quatro agentes de inteligência assassinados por homens armados que abriram fogo contra o carro deles, além de dois soldados desertores que morreram em combates com tropas leias ao presidente Bashar al-Assad.

Após conversar com o primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin o premiê francês, François Fillon, disse que é indispensável aumentar a pressão internacional pelo fim da violência no país. "Nós apresentamos uma resolução na Organização das Nações Unidas (ONU). Esperamos encontrar o maior apoio possível", comentou. Segundo a ONU, o conflito na Síria já deixou mais de 3,5 mil mortos.

A Liga Árabe disse que estava examinando um pedido do governo de Assad para fazer algumas mudanças na proposta de enviar 500 observadores para Damasco, para ajudar a implementar um acordo de paz anunciado este mês. O grupo deu um prazo até a meia-noite deste sábado no horário local (20 horas de Brasília) para que o governo de Assad interrompa a violenta repressão, caso contrário poderá enfrentar novas sanções. O país já foi suspenso do grupo.

A Organização para Cooperação Islâmica disse que vai realizar uma reunião de emergência no próximo sábado, na sua sede na Arábia Saudita, para pedir que a Síria "dê um fim ao banho de sangue". O líder da organização, Ekmeledddin Ihsanoglu, disse que é contra uma intervenção estrangeira no país, mas alertou que novos tumultos podem ameaçar a estabilidade em toda a região. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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