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Danielle Waldman e seu noivo, Noam Shay, foram mortos durante o ataque do Hamas a uma rave perto da Faixa de Gaza
Danielle Waldman e seu noivo, Noam Shay, foram mortos durante o ataque do Hamas a uma rave perto da Faixa de Gaza| Foto: Reprodução/YouTube/CBS

Desde o ataque do Hamas a Israel no último dia 7, que deixou 1,4 mil mortos, histórias que revelam a barbárie da ofensiva do grupo terrorista estão sendo reveladas diariamente. Um relato particularmente doloroso é o de um empresário israelense que tentou fomentar a paz ao contratar palestinos — agora, sua filha foi assassinada pelo Hamas.

Danielle Waldman, nascida em Palo Alto, no estado americano da Califórnia, foi morar em Israel, pátria da sua família, aos quatro anos de idade. Ela e seu noivo, Noam Shay, foram mortos durante o ataque do Hamas a uma rave perto da Faixa de Gaza, no qual mais de 260 pessoas perderam a vida. Danielle tinha apenas 24 anos.

Seu pai, Eyal Waldman, serviu nas Forças de Defesa de Israel (FDI) e foi cofundador da Mellanox, fabricante de servidores de alta velocidade e soluções de comutação de armazenamento.

À CNN, Waldman disse que, por meio do recurso de rastreamento do celular e do Apple Watch da filha, foi possível encontrar o local onde ela e o noivo foram mortos.

“Eu vi exatamente como ela foi assassinada a partir de duas direções por pelo menos três a cinco pessoas que a atacaram”, afirmou o empresário. “Pelas cápsulas que encontramos, pelo menos três armas dispararam contra o carro.”

Waldman afirmou que, na última vez que falou com Danielle, ela disse que marcaria “em breve” a data do casamento com Shay. Os dois foram enterrados juntos.

“Danielle e Noam adoravam dançar e espero que continuem dançando em algum lugar lá em cima”, disse Waldman em outra entrevista, ao site de notícias de mercado MarketWatch.

O empresário fundou em 1999 a Mellanox, que foi vendida em 2020 para a Nvidia por US$ 6,9 bilhões [R$ 35 bilhões na cotação atual]. Waldman tentou promover a paz na região ao contratar funcionários palestinos da área de tecnologia na Faixa de Gaza e nas cidades de Nablus e Rawabi, na Cisjordânia.

Waldman relatou que a empresa também ajudou a Apple e outras empresas a abrir centros de desenvolvimento em Rawabi. “Queríamos trazer a paz, trabalhar juntos, trazer prosperidade ao povo palestino, da mesma forma que temos em Israel”, afirmou.

Ao MarketWatch, o empresário afirmou que o ataque do Hamas “nos fez retroceder vários anos, senão décadas” nas conversas sobre paz entre Israel e os palestinos.

“Precisamos de tempo para construir a confiança, se é que isso será possível, entre as duas nações e começar a trabalhar em conjunto para podermos falar sobre paz”, afirmou Waldman, que disse que continuará a tentar contratar palestinos, com a condição de que demonstrem “que estão trabalhando pela paz e não estão apoiando, nem financeiramente e de qualquer outra forma, quaisquer ações terroristas ou quaisquer ações que não sejam de natureza econômica civil entre as duas nações”.

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