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Um homem ameaçou matar Trump. Três meses depois, a polícia ainda não conseguiu encontrá-lo

Presidente dos EUA, Donald Trump, foi ameaçado de morte por Shawn Richard Christy | Oliver Contreras/Bloomberg
Presidente dos EUA, Donald Trump, foi ameaçado de morte por Shawn Richard Christy (Foto: Oliver Contreras/Bloomberg)

O homem que ameaçou o presidente dos EUA, Donald Trump, em junho, enganou agentes federais em seis estados e no Canadá, provocando o fechamento de escolas em uma cidade de Ohio depois que autoridades disseram que ele tinha fugido em um caminhão roubado.

Autoridades dizem que Shawn Richard Christy, de 27 anos, fez ameaças contra vários funcionários, incluindo Trump, a ex-governadora do Alasca, Sarah Palin, e um promotor distrital da Pensilvânia. Um mandado federal para sua prisão foi emitido em 19 de junho. 

"Continue assim, Morganelli, eu prometo que vou colocar uma bala na sua cabeça assim que eu colocar uma na cabeça do presidente Donald J. Trump", Christy escreveu naquele dia no Facebook, informou o Serviço de Delegados dos EUA em um comunicado. Ele se referia a John Morganelli, o promotor do condado de Northhampton, a leste da cidade natal de Christy, McAdoo, Pensilvânia. 

Christy é um autoproclamado sobrevivente, familiarizado com densas áreas arborizadas no leste da Pensilvânia, segundo Robert Clark, vice-supervisor de investigação do Serviço de Delegados. "Ele sente que pode operar na floresta sem contato humano, e isso representa um desafio para nós", disse Clark ao Washington Post na terça-feira (18). 

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Cerca de uma dúzia de agentes estão procurando por Christy todos os dias. Clark diz que é um desafio vasculhar os vastos bosques de florestas que ele costuma frequentar. Agentes já o buscaram em uma área de 55.000 acres perto de sua casa.

Christy supostamente roubou inúmeros carros, pistolas e uma espingarda em sua fuga transfronteiriça. Autoridades acreditam que um dos veículos é uma caminhonete que foi roubada na Pensilvânia no domingo e recuperada no final da tarde em Mansfield, Ohio. Isso levou ao fechamento de escolas da cidade na segunda e terça-feira, enquanto as autoridades faziam buscas na área. Clark disse que as autoridades envolvidas na busca, incluindo o FBI e o Serviço Secreto, acham que ele ainda está em Ohio.  

“Missão a cumprir”

Os pais de Christy, conforme conta Clark, relataram ter recebido uma mensagem enigmática de Christy pelo Facebook, dizendo que ele "estava em um ritmo mais lento" depois que feriu o joelho em uma "fuga" em Maryland. 

"Fiquem seguros, tenho uma missão a cumprir", dizia a mensagem.  

Clark acredita que Christy estava se referindo a um incidente em Cumberland, Maryland, em agosto, quando um civil encontrou um homem identificado como Christy dormindo em um carro. Ele fugiu da área, disse Clark. 

"Neste momento, não sabemos o que é essa missão", disse Clark. 

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O caminho de Christy também atravessou o norte de Nova York, West Virginia e Kentucky. Ele tem vários mandados de prisão na Pensilvânia e disse que usará "força letal completa contra qualquer oficial da lei que tente me deter", disseram os policiais. 

Ele se declarou culpado, em 2011, de assediar os advogados de Palin com centenas de telefonemas ameaçadores e foi condenado a liberdade vigiada, segundo o programa de TV americano Morning Call. Depois passou dois anos em uma prisão federal por ter fugido de uma instituição de tratamento para pessoas com histórico criminal, violando sua sentença. 

Há uma recompensa de US$ 20.000 por informações que levem à sua prisão.

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