Um médico e duas enfermeiras de um hospital de Nova Orleans foram indiciados por assassinato na investigação sobre a prática de eutanásia em pacientes após a passagem do furacão Katrina pela cidade, disse na terça-feira uma porta-voz do governo estadual.

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A Tenet Healthcare Corp., empresa proprietária do hospital Memorial Medical Center, disse que a promotoria acusa os três de ter administrado analgésicos para acelerar a morte de pacientes em meio ao caos que se seguiu ao Katrina.

O procurador-geral da Louisiana, Charles Foti, pretendia divulgar ainda na terça-feira mais detalhes sobre a investigação, disse a assessora Kris Wartelle.

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Mais de 200 pacientes doentes e idosos internados em hospitais e clínicas das áreas atingidas pela inundação morreram nos dias e nas semanas que se seguiram à passagem do Katrina, em 29 de agosto. Houve escassez de água e comida, o fornecimento de energia ficou irregular e os hospitais estiveram lotados.

Testemunhas contaram que as condições no Memorial se deterioraram rapidamente. A temperatura dentro do prédio atingiu 38 graus Celsius e o sistema de esgoto parou de funcionar.

As três pessoas indiciadas por assassinato em segundo grau foram presas na noite de segunda-feira, disse Kris.

Em outubro, o procurador-geral emitiu 73 intimações para funcionários de hospitais, após a morte de dezenas de pessoas nas instituições.

Na época, a promotoria investigava desde alegações de abandono de pacientes até a eutanásia, em seis hospitais e 13 casas de repouso no Estado.

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No mês passado, a Tenet disse que pretendia vender quatro dos cinco hospitais que mantém em Nova Orleans. Na terça-feira, a empresa disse ter fechado um acordo para vender três hospitais, entre eles o Memorial, para o Oschner Health System.

Numa nota, a empresa disse que a eutanásia é "repugnante" e que, se alguma decisão desse tipo foi tomada pelos três funcionários, isso ocorreu sem o conhecimento de seus superiores.