O presidente colombiano, Gustavo Petro, que assumiu o cargo em 7 de agosto, enfrentou nesta segunda-feira (26) as primeiras grandes manifestações do seu mandato. Milhares de pessoas foram às ruas da capital, Bogotá, e de outras grandes cidades, como Medellín e Cali, para protestar contra as reformas anunciadas nas áreas tributária, previdenciária e eleitoral, além do aumento dos preços dos combustíveis.
O organizador da Grande Marcha Nacional, Pierre Onzaga, declarou que a proposta de reforma na tributação, que prevê mais impostos para os que ganham mais e sobre hidrocarbonetos, vai dificultar a vida de toda a população colombiana e não apenas dos que têm maior renda.
“Vimos que eles disseram ao país que essa reforma era para os 4 mil colombianos mais ricos, mas parece ser para os 48 milhões de colombianos mais ricos [população total do país]. Já foi dito que a cesta básica não será tributada, mas acabará sendo via [mais impostos sobre] plástico e gasolina. O que estamos dizendo aqui é que encontramos várias coisas que foram vendidas ao povo, mas na prática não estão sendo realizadas”, criticou.
Ele alegou ainda que a reforma no Código Eleitoral ameaça a democracia no país. “Eles poderão fechar um partido ou um movimento partidário por meio de assinaturas se não estiver de acordo com os critérios que terá esse mega-organismo [Conselho Nacional Eleitoral]”, disse Onzaga.
Nesta segunda-feira, Petro esteve no departamento de Norte de Santander para a reabertura formal da fronteira com a Venezuela, fechada para o tráfego de veículos há sete anos. Do lado venezuelano, estiveram presentes o governador do estado de Táchira, Freddy Bernal, e representantes dos ministérios dos Transportes e da Indústria.
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