Um em cada 25 pais do mundo pode estar criando, sem saber, o filho de um outro homem, disseram cientistas britânicos nesta quinta-feira. Pesquisadores da Universidade John Moores, em Liverpool, disseram ter avaliado dezenas de estudos, publicados nos últimos 54 anos, sobre discrepância paterna, quando se consegue comprovar que um homem não é o pai biológico de seu suposto filho.
As pesquisas vieram de vários países, entre os quais os EUA, a Finlândia, a Nova Zelândia, a África do Sul e o México. As descobertas dos estudos variavam enormemente, alguns concluíram que um entre cada cem homens não é o pai de sua criança, enquanto outros colocaram essa cifra em até 30%.
Os pesquisadores da Grã-Bretanha calcularam que uma média para todos esses levantamentos seria de 4%, sugerindo que até um entre cada 25 homens do mundo não é pai de seu suposto filho. "A importância não está tanto no número em si, mas nas implicações dele já que, enquanto sociedade, estamos fazendo nossas escolhas baseados, com uma freqüência cada vez maior, na genética", afirmou um dos pesquisadores, o professor Mark Bellis.
"Se, por exemplo, alguém sabe que seu pai apresentou um histórico de doenças hereditárias do coração, pode se ver tentado a alterar sua dieta. Obviamente, eles precisam tomar essa decisão com base em informações precisas a respeito de quem seu pai é na verdade", disse o pesquisador. Segundo Bellis, apesar de a mistura de sêmen em alguns processos de inseminação artificial responder por uma parte dos casos, a maioria deles devia-se ao fato de a mulher ter tido relações sexuais fora do casamento.
O pesquisador disse que na Grã-Bretanha 20% das mulheres casadas ou envolvidas em relacionamentos duradouros tinham casos amorosos, acrescentando que a cifra era semelhante para outros países desenvolvidos. Cerca de um terço dos casos de gravidez na Grã-Bretanha não é planejado, aumentando as chances de discrepância paterna.
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