Os líderes de 12 países sul-americanos, entre eles o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, abriram nesta sexta-feira uma negociação que tenta resolver a tensão na região devido ao acordo militar entre Estados Unidos e Colômbia.
"Não é tolerável, não é aceitável, que estejamos vivendo tensões como as que estamos vivendo", disse a presidente argentina, Cristina Kirchner, na abertura da cúpula de líderes da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), que está sendo realizada na cidade de Bariloche.
Em suas declarações, transmitidas ao vivo para todos os países da América do Sul, a mandatária se referiu à fragmentação do bloco, pedindo a "unidade da Unasul", e exortou seus colegas a manter um comportamento de respeito.
O clima de extrema sensibilidade que cruza a região ficou refletido desde antes do início da cúpula, após a solicitação do presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, de que o debate fosse transmitido abertamente pelos meios de comunicação.
A petição de Uribe foi aceita pelos colegas.
O presidente colombiano viajou à Argentina com o objetivo de explicar o alcance de uma iniciativa que também causou desconforto ao Brasil, embora o presidente Lula tenha garantido que a Colômbia não será posta na parede.
Antes da reunião na Argentina, o chanceler Celso Amorim disse que a presença de militares estrangeiros desperta sensibilidades de natureza política, e reiterou a preocupação com o eventual uso das bases colombianas.
Chávez, em carta de punho e letra no diário argentino Página 12, condenou a presença de militares norte-americanos no continente e exortou os mandatários da Unasul mostrarem a mesma postura.
"Seria um grave erro pensar que a ameaça é só contra a Venezuela; ela vai dirigida a todos os países do sul do continente", escreveu.
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