A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) incluiu na lista de patrimônios naturais em perigo as paradisíacas Ilhas Galápagos, colocando em dúvida a capacidade do Equador em cuidar de uma das reservas biológicas mais importantes do mundo.

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A decisão é um chamado de atenção para a política de conservação que o país andino tem aplicado sobre as ilhas, declaradas como Patrimônio Mundial em 1978 e destino de milhares de turistas.

"O Comitê do Patrimônio Mundial inscreveu hoje (terça-feira) as Ilhas Galápagos (...) na lista de patrimônios ameaçados", afirmou a Unesco em sua página na Internet.

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A decisão tem como objetivo "mobilizar mais recursos para a conservação" das ilhas, um dos principais destinos turísticos do país e casa de uma grande variedade de espécies em perigo de extinção.

A Unesco identificou três ameaças no arquipélago, que vão desde a presença de grande quantidade de espécies invasivas, um crescimento desmedido do turismo e a imigração, problemas com os quais as autoridades locais não conseguem controlar.

O governo equatoriano encarou a decisão da Unesco como um chamado à comunidade internacional para que apóie os esforços que o país realiza para solucionar os problemas que afetam o arquipélago.

"Evidentemente essa inclusão abrirá a porta para novos recursos de cooperação para apoiar o desenvolvimento sustentável de Galápagos", disse a ministra do Turismo, María Isabel Salvador, em um comunicado.

As ilhas, que serviram de base para a elaboração da Teoria das Espécies pelo cientista Charles Darwin no século 19, ficam a cerca de mil quilômetros da costa do Equador no Oceano Pacífico.

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A declaração da Unesco foi feita no momento em que o Equador deu início a um plano de ação para combater os problemas nas ilhas, onde vivem animais como albatrozes, iguanas, leões marinhos e tartarugas.

As ações anunciadas pelas autoridades buscam a suspensão temporária da concessão de patentes turísticas e de permissões de residência, assim como a expulsão dos povoados que permaneçam ilegais na ilha.