A Croácia pode encerrar o processo de entrada na União Europeia (UE) no bloco já no próximo ano, mas outra importante candidata, a Turquia, deve fazer muito mais se deseja ser parte do grupo de países europeus.
As previsões estão no relatório anual divulgado ontem sobre o progresso dos processos de entrada para o bloco, que atualmente conta com 27 países. A Comissão Europeia, encarregada de avaliar os processos de entrada de novos membros, diz que a Turquia precisa acelerar as reformas políticas e econômicas, melhorar o respeito aos direitos das minorias, mulheres e sindicatos e normalizar as relações com Chipre.
De acordo com o comissário da UE para novos membros, Olli Rehn, "a Turquia mostrou esforços renovados de reforma política. O avanço das negociações depende da sua adesão à consolidação das liberdades fundamentais e o Estado de Direito."
O relatório pede à Turquia que trate o grupo de mídia Dogan Yayin de maneira justa em uma disputa fiscal, já que o problema pode afetar a liberdade de imprensa no país. O grupo foi multado em US$ 3,3 bilhões pelas autoridades turcas.
O documento criticou ainda outros países candidatos por seus índices de corrupção, sistemas judiciários fracos e outros obstáculos.
Segundo o relatório, Sérvia, Albânia, Macedônia, Bósnia, Montenegro e Kosovo fazem pouco progresso e o tom geral é que levará anos até que eles se adequem às regras do bloco. A exceção seria a Sérvia, por sua habilidade administrativa para aprovar as reformas necessárias.
Abertura
O tom é bem mais otimista ao falar da Croácia, cuja entrada deve ser acelerada pelas autoridades do órgão europeu. Embora não tenha definido uma data final para o processo, a comissão diz que as negociações com os 27 países e representantes croatas pode ser concluída no próximo ano.
Diplomatas dizem que é provável que a ex-república da Iugoslávia, com 4,4 milhões de habitantes, será a 28.ª nação do bloco, mas somente em 2012, depois da ratificação do tratado de entrada.
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