Chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, e comissária para Valores e Transparência, Vera Jourova, em entrevista coletiva em Bruxelas, 10 de junho de 2020| Foto: Francisco Seco / POOL / AFP
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A Comissão Europeia, o órgão executivo da União Europeia, acusou nesta quarta-feira (10) a China de promover campanhas de desinformação sobre a pandemia direcionadas aos países do bloco, noticiou o jornal britânico The Guardian.

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Segundo o órgão, que está elaborando um plano para combater a "grande onda" de informações falsas sobre o novo coronavírus, a China e a Rússia estão executando "operações de influência e campanhas de desinformação direcionadas na UE, na sua vizinhança e globalmente". A Rússia já havia sido acusada de ser fonte de desinformação outras vezes pela Comissão, mas essa é a primeira vez que a China recebe acusações desse tipo publicamente pelo órgão.

Vĕra Jourová, uma vice-presidente da Comissão Europeia, defendeu que as plataformas digitais tomem medidas para combater conteúdo prejudicial. "O que testemunhamos é um aumento nas narrativas que minam nossas democracias e nossa resposta à crise. Por exemplo, a alegação de que existem laboratórios biológicos secretos dos EUA nas antigas repúblicas da União Soviética foi disseminada por meios pró-Kremlin, assim como por autoridades e mídia estatal da China", disse Jourová a jornalistas, segundo o Guardian.

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Um exemplo de desinformação vinda da China aconteceu quando um site da embaixada chinesa na França alegou em abril, no auge da pandemia na Europa, que enfermeiros estavam abandonando os seus trabalhos em asilos e deixando os pacientes idosos morrer.

Esse mesmo relato, não assinado, dizia falsamente que 80 parlamenteares franceses usaram termos racistas contra o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.