O presidente russo, Dmitry Medvedev, propôs que uma reunião seja realizada no sábado (17), em Moscou, para discutir as divergências entre Rússia e Ucrânia em torno do fornecimento de gás para a Europa, informa a agência Interfax. A União Europeia respondeu um pouco mais tarde que analisa o pedido de reunião mas alertou que tanto Rússia quanto Ucrânia enfrentarão "consequências políticas" nas suas relações com o bloco europeu se o fornecimento de gás natural não for restabelecido o mais rápido possível. O alerta partiu da República Checa, que ocupa a presidência rotativa do bloco europeu de 27 países.
"O tempo está acabando e precisamos ter resultados", disse o vice-premiê da República Checa, Alexandr Vondra, a deputados no Parlamento Europeu, em Estrasburgo (França) nesta quarta-feira.
O encontro proposto por Moscou teria a participação de todos os países europeus que importam gás da Rússia. Vários deles não recebem o combustível há mais de uma semana.Mais cedo nesta quarta-feira, a estatal russa OAO Gazprom informou que acumula perdas de US$ 1,1 bilhão na receita com as exportações de gás para a Europa desde 1º de janeiro, por causa da disputa com a Ucrânia, informa a agência de notícias Interfax, que cita declarações do presidente russo, Dmitry Medvedev. "Nosso país não pode perder tal soma de dinheiro", disse Medvedev durante uma reunião com o presidente da Gazprom, Alexei Miller.
A crise do gás continua. Após prometerem restabelecer o fornecimento para a Europa, Ucrânia e Rússia voltaram a acusar-se mutuamente pela interrupção no trânsito do combustível Nesta quarta-feira (14), a Comissão Europeia disse que não há gás fluindo dos gasodutos ucranianos para a Europa e que a disputa mostra que os dois países são incapazes de cumprir seus compromissos.
Enquanto isso, o presidente da Ucrânia, Viktor Yushchenko, chegava à Polônia para conversas com seu congênere Lech Kaczynski, aliado de Kiev na disputa com Moscou. A crise do gás estava entre os pontos de discussão, além da tentativa da Ucrânia de tornar-se membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Yushchenko sofre uma tentativa de impeachment no Parlamento, movida pela oposição pró-Rússia, e negou qualquer responsabilidade do seu país na crise provocada pelo corte de gás.
"A Ucrânia já provou que não tem culpa nesta disputa. Nós não cortamos o suprimento de gás, nós não roubamos gás. Faremos tudo em nosso poder para restabelecer o fornecimento de gás para o Ocidente", disse Yushchenko em Wisla, Polônia. As informações são da Dow Jones.
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