Jerusalém (EFE) A aprovação dos ministros Assuntos de Exteriores da União Européia de uma ajuda de 120 milhões de euros (R$ 305 milhões) à Autoridade Palestina (AP) feita ontem permitirá que o governo pague despesas urgentes embora continue no ar o financiamento a longo prazo, à espera de uma mudança de posição do Hamas. A vitória do Movimento de Resistência Islâmica Hamas, presente nas listas de grupos terroristas da União Européia (UE) e dos Estados Unidos, coloca a comunidade internacional diante da difícil escolha do que fazer com a ajuda aos palestinos, vital para a sobrevivência da população e das instituições.
A UE, principal doador dos palestinos e que em 2005 enviou 500 milhões de euros (R$ 1,271 bilhão) somando a ajuda da Comissão e dos Estados membros, enfrenta a mesma dúvida. "Deixamos claro que a questão apresentada à UE é se mantemos a ajuda à atual autoridade interina (palestina), não a um governo do Hamas", disse o ministro de Assuntos Exteriores britânico, Jack Straw, na reunião em que foi aprovada a verba de 120 milhões de euros.
A comissária de Exteriores da UE, Benita Ferrero-Waldner, insistiu na idéia e afirmou que se trata de uma ajuda para "cobrir necessidades básicas" da população e "para o período interino". Sobre a continuidade da ajuda, o ministro de Exteriores da Espanha, Miguel Ángel Moratinos, declarou que dependerá da posição e do programa de governo do Hamas.
A UE, assim como os EUA, a Rússia e a ONU, formam o chamado Quarteto de Madri, que tem por objetivo negociar um acordo de paz entre palestinos e israelenses. Depois da vitória do Hamas, o grupo pôs como condição para manter a ajuda à AP que o movimento islâmico renuncie à violência e reconheça o Estado de Israel.
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