Os ministros das Relações Exteriores da União Européia debateram no sábado formas de assumir compromissos com o novo governo palestino e apoiar uma iniciativa de paz árabe aceita com cautela por Israel. Diplomatas disseram que concordariam com uma política informal de diálogo com os ministro do governo de unidade nacional que não fazem parte do movimento islâmico Hammas, que se recusa a reconhecer Israel ou a renunciar à violência.
O bloco europeu de 27 países boicotou o governo liderado pelo Hammas, formado no ano passado, e pediu um governo de união entre o partido nacionalista moderado Fatah, do presidente Mahmoud Abbas, e o Hammas, que refletiria as condições principais da comunidade internacional.
"Aceitamos o processo desta forma e faremos nossas próximas avaliações de acordo com as decisões e acordos deste governo, o que naturalmente traz conseqüências para cooperação com membros individuais do governo", disse a repórteres o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier.
A chanceler alemã Angela Merkel partiu no sábado da Alemanha para uma viagem de três dias ao Líbano, Jordânia, Israel e territórios palestinos, mas disse que não havia muitos motivos para otimismo.
"Agora precisamos ver o quanto poderemos obter desta iniciativa para o processo de paz no Oriente Médio. Mas acho que ainda há um caminho muito longo e difícil à nossa frente", disse ela em Berlim.
A França está pressionando por uma retomada mais rápida dos contatos e ajuda ao governo palestino, e a Holanda é a mais reticente com relação à aceitação de um governo que não reconheceu Israel e nem sequer libertou um soldado israelense capturado no ano passado.
"Precisamos de movimento. O impasse não ajuda ninguém", disse a ministra das Relações Exteriores da Áustria, Ursula Plassnik.