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O presidente francês François Hollande alega que a Rússia armou os separatistas ucranianos e por isso é preciso aumentar as sanções contra o país | Christian Hartmann/Reuters
O presidente francês François Hollande alega que a Rússia armou os separatistas ucranianos e por isso é preciso aumentar as sanções contra o país| Foto: Christian Hartmann/Reuters

O presidente francês, Fran­çois Hollande, afirmou no sábado que o Conselho Europeu de Bruxelas decidirá aumentar as sanções contra a Rússia perante a situação da Ucrânia, sem especificar o tipo de punição. "As sanções sem dúvida serão aumentadas e a Comissão Europeia tem que estimar seu nível", disse Hollande em Paris após o término de um encontro informal com oito líderes social-democratas europeus prévio à cúpula de chefes de Estado e governo da União Europeia (UE).

O presidente francês disse que a situação "se agravou" na fronteira entre Ucrânia e Rússia, acusou Moscou de armar os separatistas do leste do país e considerou "provável" a presença de soldados russos em território ucraniano.

"Há uma escalada que faz com que o número de mortos seja impressionante, 2,5 mil nas últimas semanas. A população civil está sendo particularmente afetada, com deslocados e refugiados", disse o presidente, que considerou a situação da Ucrânia "a crise mais grave desde o final da Guerra Fria".

Embora o que aconteça nesse país "afete todo o mundo", Hollande disse que "a Europa está particularmente envolvida porque se trata de sua fronteira e porque a Ucrânia é um país associado da UE". Por isso, pediu ao Conselho, no qual participará o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, "que atue sem tempo a perder" porque "o risco é que ocorra uma autêntica guerra".

Hollande disse que falou na sexta-feira com seu colega russo, Vladimir Putin, a quem indicou sua "abertura ao diálogo" mas com "condições prévias", que passam, disse, "pelo respeito da integridade territorial da Ucrânia, o final da ajuda militar aos separatistas ucranianos e a promoção de um diálogo entre ucranianos".

A Rússia deve fazer "gestos que mostrem que deseja acabar com a situação atual na Ucrânia" e buscar "uma saída política à crise, a única possível", acrescentou. Ele também reiterou que a França estava pronta para organizar uma reunião com a Rússia, a Ucrânia e a Alemanha, algo semelhante ao encontro de quatro vias que ocorreu na Normandia, em junho, à margem das comemorações do Dia D.

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