A União Europeia (UE) iniciará as negociações de adesão com Albânia e Macedônia do Norte na próxima terça-feira (19), informaram fontes europeias à Agência Efe, após o Parlamento macedônio ter aprovado neste sábado (16) a proposta negociada em Bruxelas para superar o veto da Bulgária à entrada do país. Os dois países esperam para iniciar negociações há dois anos, desde que a Comissão Europeia publicou o seu relatório em 2020 declarando que cumprem as condições para tal, mas a Bulgária tem recusado até que a Macedônia do Norte reconheça que ambos os países têm uma língua e uma história em comum.
Depois do pronunciamento do Parlamento em Skopje, a capital macedônia, as celebrações não tardaram para chegar a Bruxelas. "Parabéns à Macedónia do Norte pela votação que abre agora o caminho para a rápida abertura das negociações de adesão", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, no Twitter. A mesma mensagem foi enviada pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, que afirmou que a decisão deste sábado era um "passo crucial para a Macedônia do Norte e para a UE".
O alto representante da UE para as Relações Exteriores, Josep Borrell, também classificou o ato como "um passo crucial" no caminho rumo à UE para Albânia e Macedônia do Norte, "em um momento em que precisamos nos unir para enfrentar desafios em comum". A UE realizará a primeira Conferência Intergovernamental com ambos os países na próxima terça-feira, o primeiro passo para a abertura das negociações de adesão.
No caso macedônio, porém, as negociações formais terão início assim que a Macedônia do Norte tiver aprovado a emenda constitucional que inclui os búlgaros que vivem no país (cerca de 3.500 pessoas) como povo constituinte do Estado, como previsto no acordo que a França ajudou a desbloquear entre os dois países. A votação no Parlamento da Macedônia do Norte foi bem-sucedida com o apoio dos partidos da coalizão governamental liderada pelos social-democratas, que no entanto impuseram uma série de condições ao governo de olho nas negociações com a UE.
O Parlamento exigiu que o macedônio fosse oficialmente reconhecido, sem reservas de qualquer tipo, como língua do país, algo que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou estar garantido na proposta da UE. Em troca do seu apoio, os deputados frisaram que todas as questões bilaterais devem ser negociadas entre dois países e não se tornarem "critérios dos quais dependa a adesão à UE".
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