Chefes de Estado e de governo da União Europeia chegaram a um acordo nesta quinta-feira (26) a respeito de um texto que condena os ataques terroristas do Hamas a Israel, reconhece o direito do Estado judeu à autodefesa e pede pausas e corredores humanitários na Faixa de Gaza.
No documento, o Conselho Europeu reitera a condenação “nos termos mais fortes possíveis” aos ataques do Hamas em território israelense no último dia 7, que deixaram 1,4 mil mortos, e destaca como “uma atrocidade particularmente deplorável” a utilização de civis como escudos humanos pelo grupo terrorista.
“O Conselho Europeu enfatiza veementemente o direito de Israel a defender-se em conformidade com o direito internacional e o direito humanitário internacional. Reitera o seu apelo ao Hamas para que liberte imediatamente todos os reféns, sem qualquer condição prévia”, diz também o texto.
Citando “a deterioração da situação humanitária em Gaza”, onde Israel impôs um bloqueio (comboios limitados de ajuda humanitária estão entrando pela fronteira com o Egito) e realiza uma contraofensiva, o órgão solicitou “um acesso humanitário contínuo, rápido, seguro e sem entraves e ajuda às pessoas necessitadas por meio de todas as medidas necessárias, incluindo corredores humanitários e pausas para necessidades humanitárias”.
Duas propostas de resolução para um cessar-fogo humanitário, apresentadas pela Rússia, e duas que reivindicavam pausas humanitárias no conflito, de Brasil e Estados Unidos, naufragaram no Conselho de Segurança da ONU desde o começo da guerra.