Líderes europeus pressionaram nesta sexta-feira (30) o Irã a concordar com o acordo que limitaria o enriquecimento de urânio no país. As lideranças demonstraram "grave preocupação" com o programa nuclear da nação persa.

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Diplomatas ocidentais disseram nesta semana que Teerã pediu mudanças no plano proposto pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), em conversas envolvendo Irã, Estados Unidos, Rússia e França. A iniciativa prevê que os iranianos exportem a maior parte de seu urânio, a fim de que seja enriquecido fora do país, sob supervisão da Organização das Nações Unidas (ONU).

Os líderes da União Europeia (UE) demonstraram "grave preocupação com o desenvolvimento do programa nuclear do Irã e com o persistente fracasso quanto ao país cumprir suas obrigações internacionais". A afirmação está em um rascunho de comunicado que circulou durante um encontro da UE em Bruxelas. O texto pede que o Irã concorde com a proposta da AIEA.

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A contraproposta iraniana provocou críticas na Europa e em Israel. "São os mesmos velhos truques", atacou o ministro de Relações Exteriores sueco, Carl Bildt, cujo país é o presidente rotativo da UE. O deputado israelense Tzahi Hanegbi afirmou que a situação está "de volta onde começamos". O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que a proposta da AIEA é "um passo positivo"

Resposta

O Irã entregou na quinta-feira (29) sua resposta à proposta da AIEA, mas não foram ainda divulgados detalhes sobre esse documento. Segundo o jornal "The New York Times", o governo iraniano rejeitou o plano. O diário atribui a informação a fontes diplomáticas dos EUA e da Europa. A imprensa iraniana divulgou que o país fez uma contraproposta, pedindo alterações no pacto, porém não há ainda informações oficiais sobre a resposta.

O urânio enriquecido pode ser usado tanto para fins pacíficos quanto para a produção de armas. Caso o acordo seja fechado, a comunidade internacional teria mais controle sobre o programa iraniano, diminuindo o risco de um programa nuclear secreto. Teerã ressalta que tem apenas fins pacíficos, mas países como EUA e Israel afirmam que há também uma iniciativa secreta para produção de armas atômicas.