Os ministros do Interior da União Europeia se reúnem nesta quinta-feira (25) em Bruxelas, com a esperança de fixar uma política migratória comum diante das diversas iniciativas tomadas por alguns países da rota dos Bálcãs.
A reunião ocorre um dia após uma reunião restrita em Viena, da qual o governo da Grécia, principal país de entrada na UE, foi excluído.
Sérvia e Macedônia, países que não formam parte da União Europeia, mas por onde os migrantes transitam rumo ao norte da Europa, foram convidados a um encontro prévio à reunião ministerial.
Assim como Áustria e Eslovênia (membros da UE e do espaço Schengen de livre circulação), Sérvia e Macedônia terão que explicar as medidas que adotaram para reduzir a entrada de migrantes.
Estas medidas provocaram uma situação crítica na Grécia, que teme ser sobrecarregada com cada vez mais migrantes bloqueados dentro de suas fronteiras.
“As iniciativas isoladas não levam a lugar nenhum”, declarou o comissário europeu de Migração, o grego Dimitris Avramopoulos. “Estão em jogo a unidade da União Europeia e vidas humanas”, acrescentou.
“É positivo que hoje todos estejam ao redor da mesa”, declarou o ministro holandês da Imigração, Klaas Dijkhoff, cujo país assume a presidência rotativa do Conselho da UE.
A importância de uma resposta coletiva é cada vez mais forte, num momento em que cresce o risco de uma “crise humanitária” em alguns países, particularmente na Grécia, indicaram fontes da presidência e da Comissão Europeia.
Durante a reunião, os ministros dos 28 países da UE receberão o vice-ministro do Interior turco, Sebahattin Ozturk.
O objetivo é fazer um balanço dos esforços turcos para frear o fluxo de migrantes à UE diante da cúpula UE-Turquia sobre o tema, que será realizada em 7 de março em Bruxelas.
Seguem as críticas à ÁustriaApesar dos compromissos da Turquia, o número de migrantes provenientes da costa turca que chegam à Grécia continua sendo muito alto, afirmam os dirigentes europeus.