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Londres (Reuters) – Um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) inclui o Brasil entre os sete países que estão no caminho certo para reduzir as mortes de crianças menores de 5 anos. Além do Brasil, estão na lista Bangladesh, Egito, Indonésia, México, Nepal e Filipinas. Vacinação e melhora nutricional são os principais segredos dessas nações. O estudo do Unicef, que avalia a sobrevivência infantil em 60 países, afirma que serão necessários US$ 7 bilhões para que as outras nações, que não as sete citados, possam atingir a meta de reduzir a mortalidade infantil em dois terços dentro de uma década.

Os 60 países analisados respondem por 94% dos 10,5 milhões de mortes de crianças que ocorrem a cada ano em decorrência de doenças evitáveis. "Pela primeira vez há um mecanismo para responsabilizar países, parceiros, nós mesmos e doadores pelas vidas das crianças", disse Jennifer Bryce, funcionária do fundo que contribuiu para o relatório.

América Latina

O Brasil não é um caso isolado no esforço para o combate à mortalidade infantil. A situação da infância na América Latina é a que mais melhorou nos últimos anos em relação às outras regiões em desenvolvimento do planeta, indicam os dados do Unicef. O relatório mostra que o índice de orfandade na região, que era de 7,1% em 1990, está atualmente em 6,2%, o que representa uma redução de quase um ponto porcentual. O Unicef calcula que esse nível cairá ainda mais, a 6,0%, até 2010.

Apesar da citação positiva, o Brasil teve uma ligeira queda no ranking mundial da mortalidade. O país, que estava na 90.ª posição, agora está na 88.ª. Quanto mais próximo do primeiro lugar, ora ocupado por Serra Leoa, mais alto é o índice de mortalidade de crianças de até 5 anos (veja quadro ao lado).

Baixo custo

Especialistas identificaram 20 intervenções baratas para evitar as mortes, entre elas o aleitamento materno, uma melhor nutrição, vacinações, antibióticos, vitaminas e inseticidas para prevenir a malária. "O que pretendemos fazer é levar em conta cada uma dessas intervenções baratas e eficazes e a cada dois anos monitorar quantas crianças as estão recebendo. Se os números não subirem, vamos perguntar o motivo", afirmou a representante do Unicef.

Os especialistas estimam que, se as intervenções forem usadas nos 60 países, as vidas de 30 milhões de crianças de menos de 5 anos poderiam ser salvas na próxima década. As doenças que estão matando as crianças vão desde diarréia, pneumonia e subnutrição até malária e aids.

"A má notícia é que nenhum país está utilizando todas as intervenções disponíveis. A boa é que a maioria dos 60 países usa pelo menos algumas", disse Bryce.

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