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Saúde pública

Unicef diz que geração livre de HIV é meta possível

Uma geração de bebês poderá nascer livre da Aids caso a comunidade internacional intensifique seus esforços para dar acesso universal à prevenção contra o HIV, ao tratamento e à proteção social, defendeu a Organização das Nações Unidas (ONU) na terça-feira.

Um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) indicou que milhões de mulheres e crianças, especialmente nos países pobres, são negligenciadas pelos serviços de HIV por causa do seu gênero, de seu status econômico ou social, da localização ou da educação.

Embora crianças tenham se beneficiado do progresso substancial da luta contra a Aids, afirma o documento, é preciso fazer mais para garantir que todas as mulheres e crianças tenham acesso aos medicamentos e serviços de saúde destinados a evitar a transmissão do HIV de mãe para filho.

De acordo com os dados mais recentes da ONU, 370 mil crianças nasceram com o HIV em 2009, a grande maioria delas na África - de longe a região que mais sofre com a Aids.

"Apesar de ser muito raro uma criança nascer com HIV no mundo desenvolvido, há ainda mil recém-nascidos por dia infectados na África", disse o diretor de HIV e Aids do Unicef, Jimmy Kolker, a jornalistas. "Isso é algo que sabemos como evitar."

A Aids ainda é uma das principais causas de morte em todo mundo entre mulheres em idade reprodutiva e uma causa importante de morte materna em países com epidemia de Aids. Na África Subsaariana, nove por cento das mortes maternas são atribuíveis ao HIV e à Aids, disse o Unicef.

Apenas pouco mais de metade de todas as grávidas infectadas pelo HIV obtiveram as drogas necessárias para evitar a transmissão de mãe para filho em 2009, em comparação com os 45% de 2008.

Em 2009, cerca de 33,3 milhões de pessoas ao redor do mundo tinham o vírus da imunodeficiência humana (HIV), que causa a Aids - 22,5 milhões delas viviam na África Subsaariana.

O Unicef afirmou que um dos aumentos mais significativos no acesso às drogas de prevenção ocorreu no leste e no sul da África, onde a proporção subiu 10 pontos percentuais, de 58% em 2008 para 68% em 2009.

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