A unificação das duas Coreias poderia custar até 7 por cento do PIB anual sul-coreano em uma década, mas o Sul se beneficiaria em vários aspectos, tais como o acesso à mão de obra barata e aos recursos do Norte, destacou nesta quarta-feira o Ministério das Finanças da Coreia do Sul. A Coreia foi dividida depois do fim da Segunda Guerra Mundial em uma parte Norte, de regime comunista-stalinista, e outra Sul, de sistema capitalista, que são ferrenhamente rivais desde a Guerra da Coreia (1950-53). Ambas as Coreias se consideram as líderes legítimas do povo coreano. Embora não pareça haver possibilidade de unificação num futuro próximo, a população das duas partes nutre essa esperança. O Ministério das Finanças informou em um relatório de estratégia de política econômica de médio e longo prazo que se as duas Coreias se unificarem nos próximos oito anos, a Coreia do Sul provavelmente vai gastar de 1 a 7 por cento de seu Produto Interno Bruto (PIB) a cada ano para bancar a mudança, num período de 10 anos. "A unificação vai contribuir para a expansão do potencial de crescimento da economia por meio de mais trabalho, investimentos, produção e cooperação econômica", apontou o ministério no relatório. Sete por cento do PIB da Coréia do Sul no ano passado, de 1.235 trilhão de won coreanos (1,15 trilhão de dólares) equivalem a 80,62 bilhões dólares. As estimativas refletem os custos no curto prazo, ou até 2020. Embora as relações entre o Norte, que por duas vezes testou armas nucleares, e o Sul tenham permanecido ruins nos últimos anos, elas poderiam melhorar em breve. A presidente recém-eleita da Coreia do Sul, a conservadora Park Geun-hye, disse que poderia manter conversas com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, mas ela quer que o Norte, que é pobre e isolado do mindo exterior, desista de seu programa de armas nucleares como uma pré-condição para a ajuda, algo que o Norte se recusa a fazer. Park assume o cargo em fevereiro.

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