Pequim Enquanto o mandarim vira moda no Ocidente, na China, o idioma enfrenta forte concorrência de centenas de línguas e dialetos, sendo falado por apenas 53% dos chineses, segundo um estudo divulgado pelo Ministério da Educação do país.
Apesar de o mandarim ser ensinado em todas as escolas da China, "só" 690 milhões dos 1,3 bilhão de habitantes podem se comunicar através dele, e nem todos os chineses têm o idioma como língua materna, apontou a pesquisa realizada pelas autoridades e apresentada nesta quarta-feira. Cerca de 500.000 pessoas de todas as divisões administrativas da China foram entrevistadas para o estudo. Na pesquisa, ficou evidenciado que a estatística se mantém a mesma há dois anos, o que comprova que a diversidade lingüística no país asiático permanece com a passagem do tempo, apesar dos esforços de Pequim na direção oposta. Nas cidades, a presença do mandarim é maior (66% de moradores falam e entendem o idioma), enquanto que, no meio rural, está ele fica restrito a menos da metade da população (45%).
Ao lado do chinês e de seus muitos dialetos, convivem no país outras línguas, como o tibetano, o mongol, o uigur ou o coreano, em sua maioria de famílias lingüísticas diferentes da do mandarim. No entanto, só 5 % da população (de minorias étnicas) as utilizam.
O estudo do Ministério da Educação ainda apontou que o mandarim é mais difundido entre os homens (56,7%) do que entre as mulheres (49,2%).